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O liceu de Castelo Branco foi criado por decreto de 17 de Novembro de 1836, pelo então ministro Manuel da Silva Passos. A grande complexidade, para a época, das áreas curriculares planificadas, e a inexistência de professores com bagagem científica e pedagógica, que satisfizesse a adequação da aprendizagem nas 10 disciplinas obrigatórias, para além da dificuldade externa em arranjar edifício condigno, teve como consequência imediata, a par de um entusiasmo ingénuo, a demora na concretização do funcionamento dos liceus nacionais, criados em 1836. Passados 12 anos, o liceu "começou a andar..."Sabendo das dificuldades no recrutamento de professores, o Ministério da Instrução Pública, por decreto de Setembro de 1844, reduz para 6 disciplinas, com a consequente redução de professores. As áreas curriculares foram modificadas, na tentativa de garantir um sentido utilitário, com envolventes ligados … agricultura e rudimentos técnicos. No entanto, em Novembro de 1848, em relatório oficial, o Conselho Supremo de Instrução Pública, dizia que "o Liceu de Castelo Branco aguarda edifício próprio para se constituir"...Este relatório pressionou o seu funcionamento, que se iniciou, embora em condições precárias, em finais do mesmo ano de 1848.As aulas, segundo parece, começaram por funcionar na casa dos professores e, mais tarde, no Coro da Capela da Misericórdia Velha e nas dependências anexas que tinham uma porta de acesso com um titulo talhado na pedra: Aulas Públicas (em 1995 esta designação foi apagada...!!!)Com o andar dos tempos, tudo foi melhorado, e no ano de 1858 estava, publicamente instalado, no Largo da Sé, num edifício que foi pertença de D. José Saldanha. À volta da estrutura intelectual que sempre os Liceus representaram, nasceram movimentos de desenvolvimento cultural, que muito marcaram a comunidade albicastrense. Podemos afirmar, sem sombra de erro, que o incremento cultural, desportivo e associativo, se ficou a dever, em muito, à sábia existência do Liceu que, à pouco, "sabia sair de casa" e influenciar a comunidade envolvente.Esta mesma comunidade tinha, ao contrário daquilo que durante muito tempo foi feito, entrada em actividades culturais, fundamentalmente, em tudo o que dizia respeito, ao Teatro e à Música. São conhecidas, por documentação existente no Museu Académico e na Imprensa da cidade, as actividades do mestre alfaiate Tomás Marques, como ensaiador das récitas académicas e de vários maestros, na regência das Tunas e Orfeões do Liceu, como, entre outros, o espanhol José Cifuentes. Em 1911, o Liceu foi transferido para o Pátio Episcopal. Em 1918, passa a designar-se Liceu Nun' Álvares e em 2 de Maio de 1946, foi instalado na avenida com o seu nome, onde ainda permanece.


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